
Suas mãos ficaram marcadas pela dura vida de goleiro, goleiro de coragem, que urrava nos cruzamentos sobre a área avisando que estava na jogada. Urros de assustar os próprios companheiros. Suas mãos não se fechavam, mas Manga achava graça: “Ué, goleiro não tem de defender a bola com as mãos abertas? Então, fica mais fácil segurar a bola”, dizia.
Destacou-se no Botafogo na década de 60 onde jogou durante dez anos, tendo disputado a Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra como titular. Costumava dizer que em jogos contra o Flamengo, gastava adiantadamente o valor da premiação pela vitória sobre o rival, tamanha a certeza que a atleta tinha de um placar favorável à sua equipe.
O pernambucano Manga foi o maior goleiro da história do Botafogo. Veloz ao repor a bola e ágil debaixo das traves, fez muitos milagres pelo Glorioso. Na equipe de General Severiano, Levantou quatro Campeonatos Cariocas 1961/1962/967/1968, uma Taça Brasil (1968) e três Torneio Rio-São Paulo 1962/1964/1966. Manga adorava mexer com o brio do Flamengo clube contra o qual mais gostava de fechar o gol. Antes dos clássicos, costumava dizer que "o leite das crianças já estava garantido". O goleiro estreou pelo clube em julho de 1959, aos 22 anos de idade. Por seu estilo arrojado, teve as mãos deformadas devido a tanto trabalho.
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