Empurrados por suas torcidas, Vasco e Botafogo iniciaram o jogo com muita disposição. Ao ataque, as duas equipes escolheram as laterais como melhor forma de buscar o gol. Aos quatro minutos, o Botafogo fez valer a escolha inicial e quase chegou lá. Pela esquerda, Lucio Flavio achou Loco Abreu, que se movimentou bem e por muito pouco não chegou na bola. Também pela esquerda de ataque, Carlos Alberto decidiu aparecer e foi acionado por diversas vezes, mas sem sucesso.

Longe de inspiração, mais uma vez o setor ofensivo do Bota ficou dependente das bolas áreas vindas da defesa. Apesar da luta, Loco Abreu e Herrera pouco produziram. Ainda assim, mais organizado em campo, o time saiu em busca do resultado. Em um dos tantos cruzamentos na área, Alessandro pegou firme na bola após falha da defesa vascaína e só não marcou porque Herrera tentou desviar para a rede e, ao invés de marcar, impediu a festa alvinegra. Se a ordem era buscar a bola aérea, Marcelo Cordeiro foi outro jogador que apareceu bastante, sempre presente nas jogadas de perigo.

Em geral, a primeira etapa deixou a desejar na parte técnica, apesar da vontade. Com o ritmo mais lento ao se aproximar do intervalo, o Vasco chegou mais forte e fez despertar o talento de Philippe Coutinho. Agora pelo meio, o jovem assustou a defesa adversária, mas pecou no último passe. Para desespero vascaíno, na chance mais clara de gol do time, Dodô titubeou e deixou a bola escapar do seu domínio.

Na volta do vestiário, a partida continuou morna e ambas as partes dividiram as oportunidades no ataque. Entre as chances perdidas, Herrera recebeu sozinho dentro da área e tentou encobrir Fernando Prass, mas o goleiro realizou bela defesa, aos dois minutos. Já pelo Vasco, Carlos Alberto subiu de produção e quase abriu o placar de fora da área, mas a bola foi para fora.

Em dificuldade, Joel Santana buscou seu talismã no banco de reservas e assim como nas semifinais contra o Flamengo, trocou Lucio Flavio, apagado em campo, por Caio. Na base da velocidade, a mudança surtiu efeito e mais uma vez, o atacante fez a diferença. Mais presente ofensivamente, Caio sofreu falta que resultou em escanteio. Na cobrança de Marcelo Cordeiro, Fábio Ferreira subiu mais alto que os zagueiros vascaínos e de cabeça, fez explodir a galera botafoguense.

Mais tranquilo com o gol, o Bota ainda ganhou um fôlego a mais com a expulsão de Nilton, aos 26 da segunda etapa, após carrinho desleal em Caio. Para tentar reverter a situação, Vagner Mancini avançou o Cruzmaltino com a entrada de Rodrigo Pimpão, mas o balde de água fria estava por vir. Em lance infantil, Titi recebeu cartão amarelo em falta na linha lateral e na jogada seguinte, puxou Loco Abreu dentro da área. Marcelo de Lima Henrique marcou a penalidade, expulsou Titi e deu a chance para o uruguaio marcar na decisão. De frente para Fernando Prass, El Loco colocou no canto esquerdo do goleiro e decretou de uma vez o dono do título.

Vasco 0 x 2 Botafogo

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 21/2/2010 - 17h1 (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ)

Renda/público: R$ 2.078.890,00 / 66.957 pagantes
Cartões amarelos: Léo Gago, Titi (VAS); Marcelo Cordeiro, Fábio Ferreira (BOT)
Cartões vermelhos: Nilton, 26'/2ºT (VAS); Titi, 37'/2ºT (VAS)
Gols: Fábio Ferreira, 24'/2ºT (0-1); Loco Abreu, 39'/2ºT (0-2)

Vasco: Fernando Prass, Élder Granja, Fernando, Titi e Márcio Careca; Nilton, Souza (Rafael Carioca, 20'/2ºT), Léo Gago (Magno, intervalo), (Rodrigo Pimpão, 32'/2ºT) e Carlos Alberto; Philippe Coutinho e Dodô
Técnico: Vágner Mancini.

Botafogo: Jefferson, Fábio Ferreira, Fahel e Wellington; Alessandro, Leandro Guerreiro, Eduardo, Lucio Flavio (Caio, 17'/2ºT) e Marcelo Cordeiro; Herrera e Loco Abreu (Renato, 41'/2ºT)
Técnico: Joel Santana.